A paralisação foi decidida na ultima
quinta-feira, depois de os trabalhadores e trabalhadoras terem
apresentado várias propostas de acordo aos empresários, que foram
irredutíveis, e informaram que qualquer avanço na pauta apresentada pela
categoria, só ocorreria se houvesse a renúncia a esse direito (horas in
itinere).
“Os patrões, que foram notificados na
ultima sexta, querem acabar com conquistas históricas de nossa
categoria.Se houver a retirada das horas in intinere, o canavieiro terá
uma perda de 20% do seu salário, sem contar que serão prejudicadas
inúmeras ações trabalhistas que tramitam na Justiça do Trabalho sobre o
tema”, afirmou o presidente da Federação dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Assalariados Rurais do Estado de Pernambuco (FETAEPE),
Gilvan José Antunis.
Ele também destaca: “Esse retrocesso
pode abrir brechas para que o empregador deixe o trabalhador aguardando,
por horas, a chegada e saída do veículo, visto que, atualmente, algumas
empresas já não cumprem o horário determinado na convenção”, destaca
Gilvan.
As negociações da 39ª Campanha Salarial
da Categoria, coordenadas pela FETAEPE e Sindicatos da Zona da Mata, com
o apoio da FETAPE e das centrais sindicais CTB e CUT, começaram no dia 9
de outubro, inclusive com paradas para que ocorresse uma escuta da
base. Na quinta,29 , o diálogo chegou ao limite, e os representantes dos
trabalhadores e das trabalhadoras resolveram dar um basta nessa
situação. “Fizemos tudo o que foi possível. Queríamos dialogar, mas não
podemos aceitar nenhum direito a menos para a nossa gente”, lamenta
Gilvan.
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