Ao apresentar pessoalmente nesta segunda (29), por cerca de 45
minutos, sua defesa aos senadores, a presidenta afastada Dilma Rousseff ,
ressaltou que foi ao Senado "olhar diretamente nos olhos" dos que a
julgarão. Em seu discurso, Dilma não poupou críticas ao governo interino
de Michel Temer.
"Um golpe que, se consumado, resultará na
eleição indireta de um governo usurpador. A eleição indireta de um
governo, que, já na sua interinidade, não tem mulheres comandando seus
ministérios, quando um povo nas urnas escolheu uma mulher para comandar o
país", afirmou.
"Sei que, em breve, e mais uma vez na vida,
serei julgada. E por ter minha consciência absolutamente tranquila em
relação ao que eu fiz, venho pessoalmente à presença dos que me
julgarão", afirmou.
A petista negou ter cometido crimes dos quais
é acusada, segundo ela, “injusta e arbitrariamente”. Hoje, o Brasil, o
mundo e a história nos observam. E aguardam o desfecho desse processo de
impeachment", disse.
"Jamais atentaria contra o que
acredito, ou praticaria atos contrários aos interesses daqueles que me
elegeram", disse a petista, visivelmente emocionada, com a voz embargada
por várias vezes. Dilma disse que se aproximou do povo e, também, ouviu
críticas duras a seu governo.
Composição ministerial
Dilma
também disparou críticas à composição ministerial montada por Temer
desde o afastamento dela, em 12 de maio deste ano. "Um governo que
dispensa os negros na sua composição ministerial. E já revelou um
profundo desprezo pelo programa escolhido e aprovado pelo povo."
A
presidenta afastada afirmou que durante seu governo e do presidente
Lula, "foram dadas todas as condições para que as investigações fossem
realizadas".
"Assegurei a autonomia do Ministério Público, não
permiti qualquer interferência política na atuação da Polícia Federal.
Contrariei interesses, por isso paguei e pago um elevado preço pessoal
pela postura que tive", afirmou.
Cunha
Dilma
lembrou a atuação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), que foi o responsável por dar o sinal verde ao processo
contra ela na Casa.
Sobre os políticos que se aliaram ao
ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ela disse eles encontraram "o
vértice da sua aliança golpista". "Articularam e viabilizaram a perda da
maioria parlamentar do governo. Situações foram criadas com apoio
escancarado de setores da mídia", disse. "Todos sabem que esse processo
de impeachment foi aberto por uma chantagem explícita do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha."
Segundo
Dilma, se ela tivesse se "acumpliciado" com a improbidade e com o que,
classficou, que “há de pior na política brasileira, como muitos até hoje
parecem não ter o menor puder em fazê-lo, eu não correria o risco de
ser condenada injustamente", afirmou.
Fonte: Agência Brasil
segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Dilma: impeachment resultará na eleição indireta de um governo usurpador
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