Após ter legalizado de forma indireta o casamento gay no Brasil em
2013, agora o STF (Supremo Tribunal Federal) parece encaminhar a
legalização do aborto. Nesta terça-feira (29), a maioria da primeira
turma decidiu que a mulher que praticar aborto nos três primeiros meses
de gestação não será condenada. Ou seja, deixou de ser crime.
A
decisão foi tomada pela primeira turma, composta pelos ministros Luís
Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin. Os outros membros, Marco
Aurélio e Luiz Fux, não se manifestaram sobre a descriminalização.
Trata-se de uma decisão sobre um caso específico, não sendo uma decisão
do pleno, onde votariam os 11 ministros.
Mesmo assim, tem um peso
legal, uma vez que abre precedente para que outros magistrados, de
outras instâncias, possam, a seu critério, seguir o entendimento da
primeira turma. O caso julgado por eles era um habeas corpus que
revogava a prisão preventiva das pessoas que trabalhavam numa clínica
clandestina de aborto em Duque de Caxias (RJ).
Para especialistas, esse seria um passo claro na descriminalização do ato, desde que seja feito no início da gravidez.
O
relator, ministro Marco Aurélio, já mostrara esse entendimento em 2014,
quando concedeu liminar para soltar os cinco médicos e funcionários da
clínica clandestina. Na ocasião, nenhuma mulher que buscou fazer aborto
na clínica foi denunciada.
O ministro entende que os artigos do
Código Penal que criminalizam o aborto durante o primeiro trimestre de
gestação são uma violação dos direitos fundamentais das mulheres como
sua autonomia, sua integridade física e psíquica, seus direitos sexuais e
reprodutivos e à igualdade de gênero.
Na justificativa, alegou
que criminalizar o aborto seria discriminação contra as mulheres
oriundas das classes mais pobres, que não podem arcar com um
procedimento médico público e seguro.
A linha de argumentação de
Barroso lembra que países democráticos e desenvolvidos não consideram
crime o aborto nos três primeiros meses da gestação. São eles Estados
Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal
e Holanda.
O assunto volta ao plenário do Supremo no dia 7 de
dezembro, quando será julgada a possibilidade de aborto quando a mulher é
infectada pelo vírus da zika. Pode ocorrer uma repetição dos casos de
fetos com anencefalia comprovada. Em 2012, o STF decidiu, por 8 votos a
2, que nesses casos, aborto não é crime.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016

STF descriminaliza aborto até terceiro mês
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