Os policiais e bombeiros militares de Pernambuco adiaram, nesta terça-feira (6), a decretação de uma greve. Eles, no entanto, anunciaram que vão esperar uma resposta do governo do estado com a abertura de negociação salarial até as 14h de sexta-feira (9). A partir desta noite e até o fim desse prazo, farão operação-padrão e realizarão apenas serviços básicos. Ou seja, só atuarão nas ocorrências mais graves. Também decidiram entregar os cargos de jornada extra, que tem sete mil vagas na PM.
A decisão foi tomada por volta das 20h15, na frente do Palácio do Campo das Princesas,
sede do governo do estado. As categorias realizaram um ato público no
local. Uma comissão das associações de classe se reunião com
representantes do governo, mas não obteve a garantia de abertura do
canal de negociações.
De acordo com José Roberto Vieira, da Associação de Praças de
Pernambuco, durante a operação-padrão, os PMs não serão acionados para
qualquer ocorrência. “Só vamos atuar nos casos mais graves. Briga de
vizinhos e pequenos furtos não serão atendidos.”, afirmou. Os policiais
também não vão permitir que pessoas sem curso de direção assuma as
viaturas ou saiam em operações com coletes balísticos vencidos.

O movimento dos PMs começou no início da tarde desta terça. Cerca de
mil PMs e bombeiros se reuniram na Praça do Derby, na área central do
Recife, segundo estimativa da organização. A Polícia Militar não
contabilizou a quantidade de manifestantes. De lá, eles seguiram em
passeata pelas ruas da cidade, até a sede do governo. No início da
noite, eram pelo menos cinco mil manifestantes reunidos, também de
acordo com a organização do ato.
As categorias exigem reajuste salarial. “Hoje, um policial militar
ganha R$ 3.219. Queremos aumentar esse salário para R$ 4.800, em 2017, e
para R$ 6.300, em 2018”, afirmou José Roberto Vieira, presidente da
Associação de Praça de Pernambuco (Aspra).
Depois da passeata e enquanto os PMs e bombeiros esperavam na frente do
Palácio do Campo das Princesas, o comandante da PM, coronel Carlos
D’Albuquerque, afirmou que aguarda um posicionamento do governo do
estado para apresentar às categorias. “Vamos avaliar os números e saber o
que é possível apresentar para os policiais”, declarou.
Vídeo
Em vídeo publicado nesta terça-feira (6) no canal da PMPE no Youtube, horas antes do ato, o comandante-geral da corporação, coronel Carlos D’Albuquerque, informou que não toleraria mais qualquer atitude por parte que seus comandados que desrespeite a hierarquia. O comandante da PM lembra que a Constituição Federal veda aos militares a sindicalização e a greve.
Em vídeo publicado nesta terça-feira (6) no canal da PMPE no Youtube, horas antes do ato, o comandante-geral da corporação, coronel Carlos D’Albuquerque, informou que não toleraria mais qualquer atitude por parte que seus comandados que desrespeite a hierarquia. O comandante da PM lembra que a Constituição Federal veda aos militares a sindicalização e a greve.
“Determinamos aos comandantes, chefes e diretores que seus comandados
não compareçam, mesmo de folga, a qualquer reunião ou assembleia em que
sejam tratados temas que firam a hierarquia e a disciplina. E que fiquem
cientes de que medidas serão adotadas na esfera administrativa ou
judicial”, ameaçou o coronel D’Albuquerque.
No pronunciamento, D’Albuquerque anunciou que, diante da ameaça de
paralisação dos policiais e bombeiros militares, as negociações para
reajustes salariais e melhorias das condições de trabalho das tropas
serão conduzidas pelos comandantes gerais das respectivas corporações.
Até então, as discussões ocorriam com um grupo de trabalho composto por
representantes da Secretaria de Administração (SAD-PE) e oficiais a
partir da portaria conjunta SAD/SDS nº 60, de julho de 2015. A revogação
dessa portaria foi publicada na edição desta terça do Diário Oficial do
Estado.
Fonte:G1
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