Ele afirmou que mesmo condenado "Lula será nosso candidato" e avaliou que o judiciário brasileiro “comprova ao mundo que é falho e parcial ao condenar o líder petista sem provas”. “É uma condenação política. Para citar dois exemplos, contra Aécio Neves há provas irrefutáveis: uma conversa gravada e uma mala de dinheiro, em caso que envolveu ainda sua irmã e um primo. Contra o golpista Michel Temer há uma gravação e imagens de um assessor levando uma mala de dinheiro. Todos estão soltos e impunes. Contra Lula não há provas. Apenas convicções e uso de declarações evasivas, o que prova e comprova, isso sim, a parcialidade do judiciário brasileiro”, considerou. O parlamentar baiano disse ainda que a quarta-feira, 24 de janeiro, "marca mais uma etapa do golpe", que, em sua opinião, objetiva consolidar a agenda de reformas "ultraliberais" impostas pelo governo Michel Temer.
A vereadora Marta Rodrigues (PT) afirmou que “o Brasil sofreu mais um grande golpe na democracia com a condenação de Lula”. Ela ressaltou que os articuladores desse, segundo palavras dela, "julgamento político e parcial" não terão descanso. “O que vimos hoje, embora esperado, foi uma grande aberração que deixou não só o país abismado, como todo o mundo. A condenação de Lula, o maior líder do Brasil, que tirou nosso país da miséria e o levou ao desenvolvimento e ao reconhecimento internacional, é uma tentativa da elite brasileira em permanecer com a riqueza nas mãos de poucos. Não iremos nos intimidar. [...] O que Lula tem é um grande legado de luta pela justiça social. Ele é o candidato do povo e o povo o absolveu de qualquer acusação. Ficou nítido nas ruas e nos protestos”, afirmou.
Já Alice Portugal (PCdoB), deputada federal e líder do partido na Câmara, afirmou que “se os autos fossem avaliados conforme a letra fria da lei, o Lula estaria sendo absolvido. “A politização de setores do Judiciário levou a essa condenação com aumento de pena. [...] Acredito que esse resultado possa ser revertido. Espero que o STF não queria ter para si o mesmo carimbo que o TRF4 assume hoje, de tribunal político. Foi um julgamento político, sem provas”.
Lídice vê “mudança de conceito do Direito Penal”
A senadora Lidice da Mata (PSB) disse que esse é um momento de aguardar os próximos procedimentos a serem adotados pela defesa. Ela afirmou aindNova postagema que lamenta a decisão da Justiça e que o ex-presidente Lula goza de grande apoio popular e de juristas internacionais. "Não sou jurista, mas ouso dizer que houve uma mudança de conceito do Direito Penal. Neste momento, os instrumentos democráticos do País estão enfraquecidos", avaliou.
A única representante da senatoria baiana presente nos atos participou de vários protestos no Rio Grande do Sul.
“A democracia começou a ser ameaçada quando o golpe retirou uma presidente eleita democraticamente. Inventaram uma armação para tirá-la e colocar um homem que é a expressão da retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras deste País”, disse em discurso durante um ato pelas mulheres.
A Tribuna procurou os senadores Otto Alencar (PSD) e Roberto Muniz (PP) para comentar a decisão, mas ambos não foram encontrados pela reportagem. A assessoria de Otto afirmou que o parlamentar passou por uma cirurgia na hérnia anteontem e que ainda encontrava-se internado até o fechamento dessa reportagem.
Fonte: Tribuna da Bahia
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