O governo federal editou, nesta semana, decreto mudando as regras do
Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). As alterações ampliaram
os limites de renda e patrimônio exigidos para acesso às linhas de
financiamento.
Para agricultores inscritos no Cadastro Único dos
programas sociais, a exigência de renda máxima saiu de R$ 9 mil para R$
20 mil, enquanto a de patrimônio foi de R$ 30 mil para R$ 40 mil.
Na
faixa intermediária, os ganhos máximos permitidos passaram de R$ 30 mil
para R$ 40 mil. Para esses produtores, o patrimônio deixou de ser R$ 60
mil e passou para R$ 80 mil. Foi criada uma nova linha para famílias
com renda de até R$ 216 mil e patrimônio de até R$ 500 mil. Para todos
os casos, o valor máximo a ser financiado é R$ 140 mil. O produtor deve
comprovar experiência de pelo menos cinco anos no campo para ter acesso
ao financiamento.
Segundo a subsecretária de Reordenamento
Agrário da Secretaria Especial de Agricultura e Familiar e do
Desenvolvimento Agrário (Sead), Raquel Santori, a atualização foi
motivada pela defasagem dos tetos, uma vez que estes haviam sido
reajustados pela última vez há cinco anos.
Como não houve
recomposição, os financiamentos do programa se tornaram insuficientes
para a aquisição de imóveis. Em razão disso, o PNCF beneficiou apenas
985 famílias em 2016, segundo dados da Sead. No ano passado, o número
foi mais reduzido: 289. Essa baixa deveu-se ao encerramento dos acordos
com bancos que oferecem os empréstimos. Com as novas regras, a
secretaria espera chegar em 2018 a 2 mil famílias.
PNCF
O
Programa Nacional de Crédito Fundiário envolve a gestão de empréstimos
com recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária. As verbas podem
ser utilizadas para a compra de imóveis rurais ou de infraestrutura
voltada à produção agrícola. As taxas de juros variam de 0,5% a 2% ao
ano.
Ao longo da existência do PNCF, foram beneficiadas
agricultores de 2.300 municípios de 21 estados. Já foram
disponibilizados R$ 3,4 bilhões para aquisição de terras e R$ 600
milhões para investimentos. O saldo disponível do Fundo está em R$ 730
milhões.
Mais recursos
Para a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), as
novas regras representam um avanço por ampliar o escopo do
financiamento, mas ainda há problemas. Um deles é o fato de o valor
máximo do empréstimo ainda ser baixo para algumas regiões, como Sul e
Sudeste.
Outra questão é o montante aportado pelo Executivo no
Fundo de Terras. “O governo não está colocando recurso dentro do
programa, e isso é preocupante. O fundo [de Terras] tem hoje mais de R$
700 milhões, sendo apenas R$ 8 milhões de verba federal. É muito pouco.
E
ainda não há nada para infraestrutura ou habitação”, afirma o
secretário de Política Agrária da Contag, Elias Borges.
O
dirigente sindical considera um desafio o trâmite dos processos, que em
alguns casos chega a levar até dois anos até a liberação do empréstimo.
Isso dificulta a efetivação das negociações, como a compra de imóveis.
“O que se promete na nova modalidade é agilizar o trâmite do processo. A
gente entende que isso é importante”, acrescenta Borges.
Fonte: Agência Brasil
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Governo muda regras para empréstimo a agricultores familiares
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