O “Caipirão”, como é
chamado, tem como objetivo geral conscientizar as comunidades rurais de
Petrolina que a criação de galinhas caipira é uma atividade de
subsistência e que pode ser rentável. Ou seja, numa linha mais direta, a
iniciativa visa melhorar a segurança alimentar das famílias de
agricultores por meio da produção de alimentos ricos em proteína,
potencializar a geração de trabalho e renda como agente de mudança na
organização, planejamento e direcionamento de trabalho nas unidades
produtivas.
Cabe ao IPA fazer o
levantamento das comunidades rurais com interesse na iniciativa;
conscientizá-los da facilidade; definir área de atuação com um número de
100 famílias e cadastrá-las, além, claro, de fornecer material humano
através dos técnicos da instituição no que tange os serviços de
assistência técnica e extensão rural (ATER). Com relação a capacitação e
treinamentos aos agricultores, o IPA e a UNIVASF farão os trabalhos de
forma a atender as necessidades de produção, organização e
comercialização.
“O baixo
investimento na criação de galinhas caipiras, bem como as boas
características produtivas desta espécie faz com que esta atividade seja
atrativa e que sua produção possa ser feita por pequenos produtores”,
atesta Nélio Gurgel, Extensionista do IPA e responsável pelo “Caipirão”.
O programa de
seleção das aves para serem criadas em sistema caipira procurou
encontrar um ponto de equilíbrio entre a rusticidade e a produtividade
apresentando, hoje, aves com potencial de postura de 200 a 220 ovos ao
ano e também aves especializadas para produção de carne.
Cada produtor irá
produzir durante o ano 300 aves, distribuído em 10 meses, sendo 30 aves
por mês. Totalizando no final 30 mil aves para os 100 produtores, sendo a
cada mês três mil aves. Os grupos formados migrarão para uma
cooperativa de agricultores familiares (COOPAVASF- Cooperativa de
Pecuaristas e Agricultores do Vale do São Francisco), idealizado pelos
agricultores e apoiado pelo IPA. ?No momento temos quase 70 agricultores
cooperados e alojando mais de 2500 pintos por mês e iremos, em
dezembro, comercializar nossas aves no mercado de Petrolina, com nossa
marca CAIPIRÃO e selo da inspeção municipal SIM?, afirma Nélio.
A comercialização
destas galinhas pode ser efetuada de modo direto (produtor-consumidor),
através de feiras livres, plataformas digitais, sem precisar do
atravessador, o que torna o valor compensador e bastante atrativo para o
agricultor, permitindo assim que pequenos produtores viabilizem a
criação de galinhas caipiras por poder incrementar a sua renda familiar.
Além disso, a demanda pode atender aos seguintes programas: PAA doação
simultânea, PAA Institucional, PNAE. Serão comercializados também em
restaurantes, supermercados, atacadistas do município, aumentando o leque de mercado das aves.
Fonte: Blog do Nill Junior
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