Caruaru (PE).
Das 87 obras que tiveram verba já liberada pelo Ministério da Educação
em estados atingidos pelas chuvas no primeiro semestre, 12 serão de
construção de escolas ou creches do zero, e as demais 75 serão obras de
reforma de escolas e creches já existentes, e que foram danificadas
pelas chuvas. No total, 17 municípios de Alagoas e Pernambuco já tiveram
recursos autorizados pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Oito
desses municípios receberão as 12 novas escolas. Das 75 escolas que
passarão por reforma, 60 estão em dois municípios: 37 em Maceió e 23 em
Os dados foram levantados pelo MEC a pedido do G1.
Até agora, R$ 35,6 milhões já foram destinados às obras nos dois
estados. Nesta terça-feira (8), o ministro da Educação assinou, em
Brasília, o termo de autorização da liberação de R$ 12,5 milhões para seis municípios de Alagoas. Já em 24 de julho, Mendonça Filho esteve em duas cidades de Pernambuco (Catende e Caruaru) para as solenidades em que autorizou a destinação de cerca de R$ 22,7 milhões para 11 municípios pernambucanos.
Veja abaixo quanto cada município receberá, e que obras deverão ser feitas com os recursos:
Verbas do MEC para reparar escolas e creches prejudicadas pela chuva
MUNICÍPIO | VALOR AUTORIZADO | ESCOLAS REFORMADAS | ESCOLAS CONSTRUÍDAS |
Barra de Santo Antonio (AL) | R$ 366 mil | 1 | |
Barreiros (PE) | R$ 396 mil | 1 | |
Caruaru (PE) | R$ 4,1 milhões | 23 | |
Catende (PE) | R$ 9 milhões | 3 | 2 |
Jacuípe (AL) | R$ 1,4 milhão | 1 | |
Maceió (AL) | R$ 2,3 milhões | 37 | |
Marechal (AL) | R$ 6,1 milhões | 2 | 3 |
Palmares (PE) | R$ 562 mil | 1 | |
Pilar (AL) | R$ 2,3 milhões | 2 | |
Primavera (PE) | R$ 4 milhões | 1 | |
Quipapá (PE) | R$ 1,8 milhões | 2 | 1 |
Ribeirão (PE) | R$ 247 mil | 1 | |
Rio Formoso (PE) | R$ 558 mil | 2 | |
São José da Coroa Grande (PE) | R$ 1,3 milhões | 1 | |
São Luiz do Quitunde (AL) | R$ 286 mil | 2 | |
Sirinhaém (PE) | R$ 554 mil | 2 | |
Xexéu (PE) | R$ 106 mil | 1 | |
TOTAL | R$ 35,6 milhões | 75 | 12 |
Repasses para Caruaru
Em nota ao G1,
o MEC comentou o fato de que Caruaru, município no Agreste de
Pernambuco com o qual o ministro tem uma ligação histórica, tenha
recebido mais de quatro vezes o número inicial anunciado de recursos,
além de ter recebido destaque especial nas notícias veiculadas no portal
do MEC. Em junho, Caruaru foi tema de uma matéria específica no portal
de notícias do MEC, onde o ministério disse que repassaria R$ 886 mil
para o município; já em julho, a cidade foi novamente tema de uma
matéria, onde o MEC anunciou o repasse de R$ 4,1 milhões para as obras.
Além disso, ainda segundo o MEC, os recursos não foram passados
diretamente às prefeituras de Pernambuco, mas, em alguns casos, a verba
vai para o governo pernambucano reformar escolas da rede estadual. "Em
Pernambuco, os projetos apresentados foram feitos pela rede estadual e
pelas redes municipais. Em Alagoas só as redes municipais apresentaram
projetos."
Liberação de verba depende de projeto dos prefeitos
Em junho, o MEC havia anunciado que liberaria R$ 18 milhões para
Alagoas e R$ 30 milhões para Pernambuco. Mendonça Filho explicou, na
terça, que os recursos que já foram autorizados são parte de um
“primeiro lote de recursos” destinados a Alagoas, e que, “cumprindo as
responsabilidades”, outros municípios “terão atendimento do Ministério
da Educação”.
"O atendimento obedece aos critérios técnicos rigorosamente definidos
pelo FNDE. Não é uma decisão do Ministério da Educação", disse o
ministro na terça, ao G1. "O que aconteceu, na prática,
naquela ocasião, foi a disponibilização de recursos globais, que seriam
passíveis de serem aprovados a partir de projetos técnicos apresentados
por cada um dos municípios. Um município, por exemplo, pode ter mais
capacidade de apresentação tendo em vista os requisitos tecnicamente
exigidos do que outro. Evidentemente que todo suporte necessário para
atender as demandas dos municípios foi garantido e ainda está presente."
Critérios adotados
De acordo com o MEC, a liberação da verba de obras emergenciais segue
critérios adotados "comumente utilizados no âmbito das ações de
infraestrutura escolar, apoiadas por meio do Plano de Ações Articuladas -
PAR, inclusive de todas as demais obras construídas no país".
Para receber o dinheiro, os governos municipais e estaduais precisam
apresentar "documentos que comprovem a necessidade da
reforma/reconstrução, como relatório fotográfico que mostre as avarias
causadas pelas chuvas/enchentes". Além disso, é necessário encaminhar ao
governo federal planilhas orçamentárias, o projeto arquitênico, as
plantas do terreno e outras informações sobre a regularidade do local
onde será feita a obra.
"Tais documentos são devidamente analisados por equipe técnica
competente e aprovados caso sejam apresentados corretamente", diz o MEC.
FNDE analisou e validou os projetos de obras
Ainda segundo a pasta, desde o fim de maio, quando dezenas de cidades
nos dois estados sofreram por causa das chuvas, equipes técnicas do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foram até
Pernambuco e Alagoas para orientar as prefeituras no levantamento dos
danos.
"Inicialmente foi realizada uma estimativa de acordo com documentos
enviados pelos municípios e pela Secretaria Estadual de Educação, após
isso houve vistoria in loco de técnicos do FNDE em algumas
escolas que necessitavam de reforma/reconstrução. Posteriormente os
municípios cadastraram as ações no sistema, nas quais foram anexados os
documentos pertinentes e as mesmas foram analisadas e aprovadas a medida
em que foram inseridas."
Fonte: Agência Brasil
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